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segunda-feira, 24 de março de 2014

PR1 – Quedas de Água das Paredes (Mortágua)


PR1 – Quedas de Água das Paredes,
Trilhos da Terra e da Água
Concelho de Mortágua
Caminhada realizada em Novembro/2013
Artigo publicado na Revista Anim'Arte

O PR1 que se denomina “Queda das Águas” faz parte dos Trilhos da Terra e da Água do concelho de Mortágua, na freguesia da Pala. A sul do distrito de Viseu, este percurso desenha-se entre as Serras do Caramulo e Buçaco, com predominância xistosa, passando pela aldeia das Paredes.
As quedas de água são uma constante em todo o caminho que se faz junto à Ribeira das Paredes ou dos Moínhos, porque ao longo do percurso vamos encontrando vários. Destaco o Moínho das Laceiras.
É um percurso linear, ida e volta, de 7,1 kms e poderá ser feito em aproximadamente 4h. Por isso mesmo, a sinalização está feita nos dois sentidos.
É uma caminhada relativamente fácil, ainda que em algumas partes seja necessário apoio das mãos pelo formato das pedras e ausência de caminho. O início e o fim do percurso é junto ao Moínho de Água da Ribeira dos Moínhos. Também é possível ir da carro até à aldeia das Paredes e dividir o percurso. São várias as alternativas.
Aconselho uma merenda, os parques são vários.
O que mais prendeu os meus sentidos foram as águas cristalinas da ribeira, o silêncio absoluto, tirando o barulho das quedas de água, as formas “trabalhadas” de algumas árvores, que mais pareciam verdadeiras obras de arte artesanais, o verde dos campos que se tornou muito luminoso com a luz do sol e as construções de xisto quer na aldeia das Paredes, quer durante todo o percurso (casas, moínhos, muros, escadas…). São sete os moínhos de rodízio tocados a água que estão em ruínas. Estes mostram bem um tempo e uma história que já lá vai a anos largos de trabalho agrícola (cultura do milho) e de vida comunitária. Como fiz esta caminhada no outono, escusado será falar das cores, das folhas, das tonalidades e contrastes próprios desta estação do ano. Por mais que as fotografias fiquem bonitas, não há descrição possível para o cenário que me envolveu todo o percurso.
Em alguns pontos do percurso o cheiro a eucalípto ajuda a respirar.
Este percurso é indicado para a primavera, verão e outono, pela sombra e necessidade de ausência de humidade.